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DE IBIARA
A cada novo dia, testemunhamos avanços surpreendentes no campo da inteligência artificial (IA). Máquinas que antes realizavam apenas funções repetitivas e limitadas agora aprendem, criam, escrevem códigos, desenham obras de arte, compõem músicas e até tomam decisões estratégicas. O que antes parecia roteiro de ficção científica, está rapidamente se tornando parte da realidade cotidiana.
Se olharmos para trás, filmes como Matrix (1999), O Exterminador do Futuro (1984) e Eu, Robô (2004) alertavam para um possível cenário onde as máquinas, ganhando consciência e autonomia, se voltariam contra seus criadores. Na época, esses enredos pareciam distantes e exagerados. Mas será que ainda são?
De acordo com um relatório recente da Goldman Sachs (2023), cerca de 300 milhões de empregos no mundo podem ser impactados ou substituídos pela inteligência artificial nos próximos anos. Profissões como operadores de telemarketing, atendentes, analistas financeiros, tradutores e até produtores de conteúdo já sentem os efeitos dessa transição.
Um levantamento da consultoria McKinsey estima que até 2030, entre 400 e 800 milhões de trabalhadores ao redor do mundo poderão ser substituídos por máquinas e algoritmos.
O temor de que esse avanço provoque um colapso no mercado de trabalho não é infundado. Ainda que novas profissões surjam, a velocidade com que as antigas desaparecem preocupa especialistas em economia e sociologia.
Hoje, IAs avançadas já são capazes de criar seus próprios códigos e realizar múltiplas funções sem a interferência humana. Empresas como Boston Dynamics, OpenAI, DeepMind e Tesla desenvolvem sistemas cada vez mais independentes e complexos. A pergunta que muitos estudiosos e futuristas se fazem é: quando essas máquinas atingirem um nível de autonomia total — produzindo sua própria energia, fabricando peças, se reparando e evoluindo sozinhas — o que acontecerá com a humanidade?
O físico Stephen Hawking, pouco antes de sua morte, alertou:
“O desenvolvimento da inteligência artificial completa poderia significar o fim da raça humana.”
Esse temor se apoia na ideia de que, ao se tornarem independentes, as máquinas poderiam enxergar os humanos como obsoletos ou até como uma ameaça à sua própria sobrevivência e eficiência.
Se as máquinas dominarem, para onde iriam os humanos? Haveria espaço para coexistência ou a lógica fria e calculista das IAs concluiria que a humanidade não é mais necessária?
Em Matrix, os humanos são mantidos em cápsulas, servindo de fonte de energia. Em O Exterminador do Futuro, são caçados para evitar sua resistência. Em Eu, Robô, as máquinas tentam “proteger” a humanidade dela mesma, controlando-a. São ficções — mas o avanço da tecnologia atual já nos coloca diante de questões éticas, morais e sociais muito próximas dessas distopias.
A boa notícia é que, até o momento, toda essa inteligência continua sendo alimentada por dados, informações e comandos humanos. O desafio está em garantir que as regras de segurança, controle e ética acompanhem o ritmo do desenvolvimento tecnológico.
Organizações como a OpenAI e a UNESCO já discutem regulamentos e políticas para impedir cenários catastróficos. No entanto, muitos especialistas alertam que o futuro dependerá não apenas da tecnologia, mas das decisões humanas agora.
Será que as máquinas vão dominar o mundo? Ninguém pode afirmar com certeza. Mas ignorar os riscos e os impactos sociais e econômicos desse avanço é, no mínimo, perigoso.
O “apocalipse tecnológico” talvez não venha com robôs armados nas ruas, mas pode se apresentar em forma de desemprego em massa, controle excessivo de dados, perda de privacidade e desigualdade digital. O futuro será moldado pelas escolhas que fazemos hoje. Resta saber se faremos as certas.
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